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HOMOCISTEINA: Você deveria entender sobre!

A homocisteína (HC) foi descoberta em 1952, porém, só em 1962 foram descritos dois casos de aumento da HC na urina. Dois anos depois, a HC foi determinada na urina de crianças portadoras de deficiência mental e a ausência da enzima CβS em fragmento de biópsia hepática de criança com homocistinúria.

Em 1969, descreveu-se pela primeira vez a relação entre HC, aterosclerose e trombose arterial.

 

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É biologicamente plausível que altos níveis de HC possam causar lesão cerebral e transtornos neuropsiquiátricos. É pró-aterogênica e pró-trombótica. Dessa forma, aumenta o risco de acidente vascular cerebral, podendo ter um efeito neurotóxico direto. Evidências de que a HC seja um fator de risco para doença microvascular cerebral são conflitantes, mas justificam maiores estudos. Estudos transversais e alguns longitudinais suportam a crescente prevalência de acidente vascular cerebral e demência vascular em indivíduos com hiper-homocisteinemia. As evidências de crescente neurodegeneração estão se acumulando. A relação com a depressão ainda é experimental, da mesma forma como com a epilepsia. Atualmente, estudos sobre tratamentos são necessários para colocar as evidências sobre bases mais sólidas. Os pacientes de alto risco também devem ser pesquisados para hiper-homocisteínemia, cujo tratamento deve ser feito corrigindo diversas vias metabólicas. 

 

 

HOMOCISTEÍNA E RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

 

Estudo de metanálise envolvendo 27 trabalhos e mais de 4mil pacientes concluiu que, quando os valores de HC são maiores que 10mmol/l, cada 5mmol/l acrescidos nos valores de homocisteína circulante estão associados a 80% de risco para doença cardiovascular em mulheres e 60% em homens e 50% para doença cerebrovascular, além de aumentar em 6,8 vezes o risco para doença vascular periférica. Esse aumento também corresponde a 20mg/dl de colesterol total com maior probabilidade de infarto agudo do miocárdio.Effects - CARDIOvitamin   

A homocisteína em jejum ou pós-sobrecarga de metionina aumenta o risco cardiovascular de modo semelhante ao excesso de colesterol  e ao tabagismo. Médicos que tiveram infartos agudos do miocárdio (IAM) seguidos, por cinco anos, mostraram concentrações de homocisteína superiores aos controles e o risco de IAM foi três vezes maior. Indivíduos que faleceram por IAM mostraram valores de homocisteína superiores aos controles e houve correlação entre doenças cardiovasculares e hiperhomocisteinemia determinada em amostras de sangue de indivíduos portadores de doença arterial coronariana (DAC) que tiveram IAM fatal e não fatal.

O mecanismo da lesão vascular determinada pela Hiperhomocisteinemia inclui lesão da célula endotelial, crescimento da musculatura lisa vascular, maior adesividade das plaquetas, aumento da oxidação do LDL-colesterol com deposição na parede vascular e ativação direta da cascata da coagulação com efeito pró-trombótico.

 

 

 

DEMÊNCIA DE ALZHEIMER (DA)

O fato de que  homocisteína possa ser relacionado à doença neuro- degenerativa é um achado intrigante apoiado por muitas linhas de evidência. De 10 estudos transversais que examinaram a associação entre DA e níveis de HC oito relataram níveis de Hcy mais altos em pacientes com DA, quando comparados com controles. Vários autores demonstraram uma correlação entre níveis de HC e a gravidade do déficit cognitivo exceto nos pacientes muito idosos.

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O relato de Clarke et al merece um comentário especial. Esses autores examinaram 164 pacientes com DA, com confirmação histológica em 76 deles, e encontraram que aqueles com HC na linha de base nos dois tercis superiores tinham significativamente mais atrofia do lobo temporal após três anos que os do tercil mais baixo. Tais resultados sugerem que níveis elevados de HC possam determinar o índice de progressão da doença. Um recente estudo transversal de Ressonância Magnética por Imagem (MRI) descreveu uma correlação similar entre altos níveis de homocisteína e atrofia cerebral em indivíduos idosos saudáveis, sugerindo a possibilidade de que a hiper-homocisteinemia seja neurotóxica. 

 


TRATAMENTO

 Metabolismo da homocisteína. A homocisteína é formada a partir da... |  Download Scientific Diagram

O tratamento varia de acordo com a causa subjacente, o qual é barato e seguro. Deve se corrigida as disfunções bioquímicas envolvidas na sua gênese e eliminação conforme mecanismo simplificado ao lado. É feito a base de acido fólico, piridoxina, metilcobalamina, betaina e metionina, porém, as doses mínimas efetivas de vitaminas ainda não foram estabelecidas cabendo ao MÉDICO, definir através do acompanhamento laboratorial, a melhor estratégia a ser empregada.

 

 

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