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Intoxicações por metais pesados

Os metais pesados, como arsênico, chumbo, mercúrio ou alumínio, podem estar presentes na água contaminada,  ar e também em alimentos causando problemas de saúde com o passar dos anos, que se manifestam através do surgimento de sintomas como náuseas, vômitos ou cansaço excessivo, por exemplo.

A Medicina Ortomolecular também possui uma atuação importante no tratamento da intoxicação por metais tóxicos, como chumboalumíniocádmiomercúrio e outros. O diagnóstico pode ser feito por exames de sangue, urina ou capilar (MINERALOGRAMA CAPILAR)







 

 ALUMÍNIO (Al)

O Alumínio por sua vez, compromete principalmente os ossos e o cérebro. Acredita-se que a intoxicação por esse metal possa ser um dos desencadeadores da Doença de Alzheimer, que leva a uma demência total como aconteceu com a atriz Rita Hayworth e acometeu o ex-presidente americano Ronald Reagan. O alumínio ainda pode provocar depressão e impotência sexual, entre vários sintomas descritos pela ciência. Ele está presente nos laminados (papel alumínio, marmitex, panelas), desodorantes anti-perspirantes e outros cosméticos, pastas de dentes, etc.

A falta de minerais essenciais ou o excesso de algum desses minerais tóxicos estão comumente associados com fadiga, estresse, artrite, diabetes, depressão, osteoporose, diabetes, agressividade, irritabilidade, dores musculares, disfunções relacionadas ao colesterol, processos irregulares de envelhecimento ( radicais livres ), complicações do aparelho digestivo (como a má absorção dos alimentos ), hipertensão e uma série de problemas do organismo.


Com dietas específicas e suplementos vitamínicos, que incluem os chamados "varredores de radicais livres" (antioxidantes), além de fitoterápicos, smart drugs, etc o médico pode corrigir o metabolismo e melhorar as condições gerais do organismo, retirar os metais tóxicos, caso existam, além de apontar tendências e prevenir doenças.


 

ARSÊNICO (As)

As principais fonts de intoxicação de arsênico são: fumo (cachimbo), pesticidas e desfolhantes. O aumento deste elemento pode estar associado à presença de fadiga, astenia, diarréias ou constipação intestinal. Em nosso meio, contudo, a intoxicação por arsênico é bem rara.

O arsênico em níveis altos causa diarréia, déficit de cicatrização, disfunção hepática, neurite periférica e problemas renais. Também, interfere com o metabolismo do ácido fólico.

 

Referências bibliográficas:

1) HEAVEN, R. et AL. – “Arsenic intoxication Presenting with Macrocytosis and Peripheral Neuropathy without Anemia”- acta Hematologica 92, 142-3, 1994.

2) CAMPBELL, J.D – “Lifesstyle, Minerais and Health” – Medical Hypotheses, 57, 521-531, 2001.


 

BÁRIO (Ba)

O aumento de bário é bem raro e, quase sempre, é causado por aditivos alimentares. A elevação deste mineral pode, também, ocorrer em casos de contaminação da água por lixo hospitalar.

O excesso de bário pode inibir a absorção de cálcio. Antioxidantes, como a Vitamina C e o Selênio, podem agir terapeuticamente.

 

Referências bibliográficas:

1) BLAUROCK – BUSCH, E.and Grifin, V. – “ Mineral and Trace Element Analysis” – TMI Books, Boulder, CO, USA, 1996, 109.

2) Kage, s. ET AL. “ A Simple Method for detection of Gun-shot Residue Particles from Hands, Hair, Faces and Clothing – using Scanning Electron Microscopy”, - J. Forensic Sci. 46, 83-4, 2001.


 

BERÍLIO (Be)

A principal fonte de intoxicação de berílio é a poluição industrial, especialmente das indústrias que fabricam ligas deste mineral (utilizadas para fabricação de aviões e foguetes).

Este metal tóxico tem como principal efeito maléfico levar à depleção de magnésio, um mineral essencial com importantes ações fisiológicas. É extremamente rara no Brasil a intoxicação por este elemento.


Referências bibliográficas:

1) XIA, L et AL. – “ Single Drop Microextraction combined with Low Temperature Electrothermal Vaporization ICP-MS for the Dtermination of Trace Be, Co and PD - Anal. Chem. 76, 2910-5, 2004.

2) DIANG, C. and HE, F. – “ Spectro Fluorimetric Determination of Trace Amounts of Beryllium in Mineral Water and Human Hair” – Spectrochim. Acta Biomol. Spectrscop. Acta, 59, 1321-8, 2003.


 

BISMUTO (Bi)

O bismuto tem sido usado por via oral no tratamento de diferentes problemas intestinais crônicos (colite ulcerativa), assim como no tratamento do Helicobacter pylori.

Embora considerado atóxico em virtude de sua limitada absorção, trabalhos recentes mostram que existe uma neurotoxicidade potencial, podendo localizar-se no sistema nervoso central. Também, pode ser encontrado em produtos de beleza (estéticos) e, ainda, em fungicidas.


Referências bibliográficas:

1) SUAREZ, F et AL – “ Site of Bismute Absorption from bismuth Sub-Salicylate: Implications for treatment of colonic conditions” – Dig. Dis. Sci. 45.14444-6, 2000.

2) PHILLIPS, et al. – “ Solubility Absorption and anti-Helicobacter Pylori of Bismuth Subnitrate and colloidal Bismuth Subnitrate: In vitro data do not predict in vivo efficacy” – Helicobacter 5, 176-82,2000.


 

CÁDMIO (Cd)

As fontes de contaminação do Cádmio são: papel de cigarro, fumaça de automóveis, poluição industrial e farinhas refinadas contaminadas. O aumento deste mineral pode estar associado à problemas renais, hipertensão e déficit imunológico.

O Cádmio afeta o metabolismo ósseo (artrite, osteoporose e doenças neuro-musculares). Provoca hiperatividade infantil, e como é o bloqueador do zinco, causa inibição da Super óxido dismutase (Antioxidante primário, encontrado abundantemente no organismo humano, especialmente no cérebro).


Referências bibliográficas:

1) BERMEJO, P. et AL. – “ Trace of Cadmium in Human Sampling Technique” – Clin. Chem. 43, 1287-8, 1996.

2) HESS, E.V. – “ Environmental Chemicals and Autoimmune Disease : Cause and Effect” – Toxicology 181-182, 65-70, 2002.

3) TORRENTE, M. et al. – “ Metal Concentrations in Hair and Cognitive Assessment in an Adolescent Population” – Biol. Trace Elem. Res 104, 215-21, 2005.

 

CHUMBO (Pb) 

O Chumbo é um dos metais tóxicos mais encontrados e os sinais clínicos mais evidentes de intoxicação por chumbo, presente principalmente em áreas industriais e que até pouco tempo era adicionado à gasolina, são irritabilidade, agressividade, sangramento nas gengivas, impotência sexual, síndrome do pânico, fadiga, medos, diminuição da memória em adultos e dificuldade de aprendizagem em crianças, além de outros sintomas. Não é só.

A intoxicação pelo chumbo pode ser provocada por tinturas para cabelos, como dos que contem Acetato de Chumbo em suas composições, e está muito presente entre operários que trabalham com soldas, principalmente linotipistas de gráficas e jornais. Curiosamente, acredita-se que a queda e degeneração intelectual do Império Romano encontram-se relacionadas a esse metal. Fatos que são atribuídos à intoxicação pelo chumbo, desde que os romanos passaram a utilizar água encanada em canos feitos por esse metal, além de utilizarem tonéis de chumbo para armazenar o vinho que consumiam.

Atualmente as fontes de intoxicação mais freqüentes de chumbo são: água potável, suplemento de cálcio (Dolomita), contaminação dos alimentos, poluição atmosférica, pasta de dente, tinta de cerâmica, tinta de cabelo (acetato de chumbo) e fumo. A água no Brasil costuma ser muito ácida, o que pode provocar a remoção deste elemento de encanamentos antigos. A dosagem de chumbo no cabelo é considerada o melhor método para detecção da intoxicação por este metal. A intoxicação por este mineral pode levar a distúrbios de aprendizagem em crianças, dores articulares, irritabilidade, agressividade, hiperatividade, lesões musculares e dores abdominais. O chumbo pode causar deplessão de cálcio e zinco, ocasionando problemas ósseos e imunitários. Outrora, adicionava-se chumbo à gasolina, provocando, pelo escapamento, contaminação do solo. Solos contendo níveis alto de chumbo não podem ser usados na plantação, ou como parques de recreação infantil.

 

Referências bibliográficas:

1) SARGENT, J. et AL. – “ Environmetal Exposure to lead and Cognitive Deficits in Children” – Letter to New England J. Med. 320, 596, 1989.

2) MOFFITT, T – “ Measuring Children´s Anti social Bahavior” – J. Amer. – Med. Assoc. 275,45-4, 1996.

3) CAMPBELL, J.D – “Lifesstyle, Minerais and Health” – Medical Hypotheses, 57, 521-531, 2001.

4) TORRENTE, M. et al. – “ Metal Concentrations in Hair and Cognitive Assessment in an Adolescent Population” – Biol. Trace Elem. Res 104, 215-21, 2005.

5) KEDZIERSKA, E. – “ Concentrations of Select Bioelements and Toxic Metals and their influence on Health Status os children and youth Residing in Szczecin” – Ann. Acad. Med. Stetin 49, 131-43, 2003.


 

ESTRÔCIO (Sr)

Há uma relação entre Cálcio, Estrôncio, e Magnésio. Recentemente, introduziu-se o estrôncio (ranelato) na terapêutica da osteoporose.
 

Referências bibliográficas:

1) DAHL, S. ET AL. – “ Incorporation and Distribution of Strontium in Bone” – Bone 28, 446 – 53, 2001.


 

ESTANHO (Sn)

Embora alguns considerem o Estanho como elemento essencial, desconhece-se sua função fisiológica. Não obstante, é um poluente de relevância pelo seu uso amplo na indústria.
Também pastas de dente (cloreto estanhoso) e cereais integrais contaminados podem ser causa da intoxicação.


Referências bibliográficas:

1) TORRENTE, M. et al. – “ Metal Concentrations in Hair and Cognitive Assessment in an Adolescent Population” – Biol. Trace Elem. Res 104, 215-21, 2005.


 


GERMÂNIO (Ge)
As principais fontes de Germânio são: alho, ginseng e aloevera. Dados da literatura científica sugerem que este mineral tem algum efeito imunoestimulante, indicando o seu uso em pacientes imunodeprimidos.

Pouco se conhece em relação ao aumento de Germânio tissular. Todavia, comprovou-se a possibilidade de intoxicação por exposição ocupacional.


Referências bibliográficas:

1) MAIN, W, et AL. – “ Complete Remission of Pulmonary Spindle Cell Carcinoma after Treatment with oral Germanium Sesquioxide” – Chest 117, 591-3,2000.

2) SWENNEN, B et al. – “ Epidemiological Survey of Workers Exposed to inorganic Germanium” – Occup. Environ. Med 57, 242-8, 2000.

3) SAITO, O.K. et al – “ Germanium Poisoning: Clinical Symtoms and Renal Damage caused by long-term Ingestion od Germanium” – JPN. J. Med. 30, 67-72, 1991.


 

LÍTIO (Li)
As principais fontes de Lítio são: água potável, algas e gengibre. A baixa de Lítio intracelular é comum no Brasil. Dados da literatura científica mundial têm associado, frequentemente, essa condição à depressão psíquica, especialmente quando há associação desta com a carência de outros minerais, como vanádio, cromo e manganês.

Estudos realizados no GTexas (USA), na água bebida pela população, demonstraram que, em cidades onde encontramos essa situação carencial, há uma grande incidência de casos de depressão e ansiedade: não obstante, o melhor índice para se aferir o lítio intracelular é através do lítio hemático, que é um indicador mais preciso que o lítio capilar. O aumento do lítio pode ser encontrado em pacientes em uso de medicamentos contendo este mineral (antidepressivos).


 

MERCÚRIO (Hg)

O Mercúrio encontrado nas amálgamas dentárias, mariscos contaminados pelo metal assim como alguns componentes de cálcio de ostras (sem controle de qualidade das ostras utilizadas, se contaminadas ou não por mercúrio), pode provocar intoxicação levando a depressão, fadiga e alterações neurológicas que podem até levar a encefalite. Já o Cobre pode causar dores articulares, fadiga, depressão e dificuldade de aprendizagem em crianças entre outros sintomas.

As principais fontes de intoxicação do Mercúrio são: Amálgamas dentais, acidentes com termômetros e barômetros, fungicidas (frequentemente usados em tomates), contaminação de peixes e plânctons marinhos, poluição de rios pelo garimpo do ouro, filtros de ar-condicionado, lâmpadas de mercúrio, poluição do ar, cosméticos, calomelano (utilizado em talcos). A intoxicação por este metal pode levar à reações alérgicas e baixa de imunidade por deplessão de zinco principalmente e, em alguns casos, levando à perda de dentes. Também pode causar problemas de ansiedade e insônia, em virtude de bloquear a entrada cerebral da vitamina B 12.
 

Referências bibliográficas:

1) LORSCHEIDER, F. – “ Mercury in Dental Amalgams” – Faseb Journal 9, 1499-1500, 1995.

2) TRASK, C. et al. “ Developmental Considerations of Neurotoxic Exposure” – Neurol. Clin. 18, 541-62, 2000.

3)
ASANO, S. et AL. – “ Review Article: Acute Inorganic Mercury Vapor Inhalation Poisoning” – Pathol. Int.50, 169-174, 2000.

4) SHAMBERGER, R.J.- “ Validity of Hair Mineral Testing” – Biol. Trace Elem. Res 87, 1-26, 2002.

 

 

MOLIBDÊNIO (Mo)
As necessidade diárias de Molibdênio são de 150 a 400 microgramas. São ricos deste mineral: o trigo mourisco, o germe de trigo, os feijões, a lentilha, a ervilha, o levedo e as verduras (couve flor). O teor de Molibdênio nos alimentos depende do seu conteúdo no solo e o solo brasileiro é muito pobre neste elemento.

A diminuição deste mineral pode estar associada à alergia alimentar a frutas secas, que contêm sulfitos como conservante (o molibdênio é parte integrante da enzima sulfito oxidase), que destrói os sulfitos. Os níveis alto deste elemento podem estar associados à deficiência de cobre, com o qual ele compete. O molibdênio participa da molécula de várias enzimas: a) Sulfito oxidase, que desentoxica o enxofre usado como preservativo em frutas secas; Xantina oxidase (formadora de ácido úrico).

Ela forma abundantemente radicais livres e é inibida por agentes metilantes (ácido fólico e vitamina B12).


Referências bibliográficas:

1) Rajagopalan, k. – “ Molybdenum na Essential Trace Element in Human Nutrition” – Ann. Rev. Nutrition, 8, 401-27, 1988.

2) CAMPBELL, J.D – “Lifestyle, Minerais and Health” – Medical Hypotheses, 57 (5), 521-531,2001.

3) BERZIN, VI an ZAKOTIUK, L.N – LIK SPRAVA – 5-6, 71-3, 1994.


 

NÍQUEL (Ni)
As principais fontes de intoxicação do níquel são: exposição ao fumo e às bactérias de níquel. O aumento deste mineral está associado à lesões cutâneas, apatia, cefaléias, insônia, diarréia, náuseas e alergias.


Referências bibliográficas:

1) SCHEUER, B. – Akt Dermatol.18, 44-9, 1992 apud Blaurock – Busch, E, Grifin, V. – Mineral ND Trace Element Analysis, TMI Books, 1996, Boulder, CD, USA, p 43-45.

2) KUCHMA, J.B. – “Multivariate Analysis as a Method of Determinations PP Anthropogenic Load on Course of Raynaud´s Disease” – TER. ARKH. 73, 37-9, 2001
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OURO (Au)
Desconhecem-se funções fisiológicas do Ouro e fontes alimentares. A literatura mundial relata casos de Ouro aumentado em indivíduos em uso de sais de ouro (usado em tratamento de artrite reumatóide).


 

PALÁDIO (Pd)
O paládio tem sido encontrado em amálgamas e pode ser mais tóxico que o Mercúrio, causando problemas alérgicos, fadiga e exceção de salivação. Pode haver, também, contaminação ambiental.


Referências bibliográficas:

1) MERTZ, W. – “ Trace elements in human and animal Nutrition” – Acad. Press, New York, USA, 1996, P.101.

2) Violante, n ET AL. – “ Assessment of Worker´s Exposure to Palladium in a Catalyst Production Palnt” – Environ. Monit. 7, 463-8, 2005.


 


 

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