Vitamina D3: um novo horinzonte!
Em 2012, o total de estudos sobre os benefícios da vitamina D era pouco mais de 8.200. De lá para cá (2016), estes números foram crescendo e já são mais de 100.000 artigos novos sobre o tema. E continuamente aumentando, desde que cientistas e médicos ainda trabalham para compreender a totalidade da complexa essencialidade desta molécula dentro do corpo humano.
Inicialmente descoberta, a vitamina D era indicada para a saúde dos ossos, prevenção e tratamento do raquitismo. Atualmente, estudos têm demonstrado implicações mais amplas em muitos sistemas do corpo. Entre outros, auxilia o sistema imune através da prevenção de infecções e por sua função imunomoduladora; fortalece o sistema osteomuscular; atua na prevenção de doenças cardíacas; previne doenças degenerativas do sistema nervoso; age preventivamente em diversos cânceres.
As recomendações governamentais ainda são muito conservadoras quando comparadas aos resultados positivos de milhares de estudos científicos, mas, aos poucos começa-se a perceber uma mudança de posicionamento. Na Europa e nos Estados Unidos, as agências regulatórias já estão revisando a recomendação de dosagem. Nos Estados Unidos, a partir deste ano, um novo design de rótulo quanto às informações nutricionais começa a se efetuar, com sua total concretização no ano de 2019: outrora não exigida, agora a informação nutricional da vitamina D contida num alimento industrializado será obrigatória.
No Brasil, o movimento por doses maiores na suplementação de vitamina D ocorre por hora de maneira individual, através de profissionais de saúde que acompanham a evolução da ciência e organizações profissionais, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). No entanto, é preocupante que a grande camada populacional não receba estas informações atualizadas. Segundo a SBEM, 85% dos idosos da cidade de São Paulo (e 90% dos idosos institucionalizados) apresentam níveis inadequados de vitamina D. Na população de jovens saudáveis o percentual é de 50%. O SUS fornece doses de 400 UI da vitamina, dose hoje considerada insuficiente para manter os níveis séricos adequados.
Algumas sociedades defendem 1.000 UI /dia ou 7.000 UI por semana como algo "suficiente".
Os números afirmam que estamos pecando pela escassez ao invés de excesso em várias frentes quanto à dose de vitamina D. Alguns profissionais de saúde temem que a vitamina D em excesso (o que é extremamente raro), por exemplo, provoque pedras nos rins. Este receio, à primeira vista, pode fazer sentido, pois a vitamina D está envolvida na absorção do cálcio de modo que poderia aumentar o risco de pedras nos rins. A teoria tem o que se chama de “validade aparente", o que significa que soa bem. No entanto, dois estudos recentes descobriram exatamente o oposto: quanto menor o nível de 25(OH)D, maior o risco de pedras nos rins, até porque o PTH (paratormônio) geralmente nesses casos de hipercalciúria (excesso de excreção renal de cálcio) está geralmente elevado, sendo que o cálcio está vindo do próprio osso da pessoa.
A questão excesso precisa ser esclarecida: embora a grande maioria das pessoas que toma suplementos de D3 não apresente nenhum problema, a possibilidade do seu excesso pode acontecer se, de maneira errônea, alguém ingerir mais que 40.000 UI/dia por mais de 2 meses consecutivos, ou uma imensa única dose desde que sua metabolização seja irregular. Na pratica clinica O que vai incrivelmente além do recomendado: 2.000 UI a 5.000 UI/dia, seguidos de medição sanguínea para alcançar um nível sérico ideal de 50ng/ ml a 80ng/ml.
Como ocorre com qualquer substância, os excessos podem se tornar tóxicos, mas se descobriu que as doses de vitamina D para se tornarem tóxicas são muito maiores do que anteriormente se acreditava. Nosso corpo, se estivéssemos no melhor ambiente e nutrição, teria capacidade de PRODUÇÃO ENDÓGENA de até 20.000 UI/ dia.
É possível um controle objetivo da dose através de um exame de sangue acessível em qualquer laboratório para fazer seus ajustes necessários.
Especialistas advertem que o exame de vitamina D deve ser incluído na lista de exames de rotina. A dosagem sanguínea é confiável para verificar suas necessidades e tem efeito preventivo tão importante quanto dosar o colesterol e a glicose.
- Protege contra a demência;
- Previne desordens psiquiátricas durante a gravidez;
- Ajuda crianças e adultos com o transtorno do espectro autista (TEA).
- Reduz o risco de AVC ou a probabilidade de ficar permanentemente inábil após AVC;
- Melhora a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca crônica;
- Atua como terapia complementar para hipertensão.
- Protege contra a osteoporose (e sua progressão), quedas e fraturas;
- Diminui a fadiga muscular em adultos mais velhos.
- Reduz a mortalidade por câncer de mama (37%), colorretal (45%), linfoma (52%), segundo meta-análise (2014) de 25 estudos com 17.332 pacientes 48, e três outras meta-análises também de 2014;
- Reduz o risco de câncer de próstata.
- Reprime a progressão do HIV em pessoas sob tratamento;
- Melhora a dermatite atópica em crianças;
- Auxilia na imunidade (especialmente em adultos mais velhos);
- Ajuda no regime de emagrecimento (reduzindo também a inflamação).
- Diabetes: melhora o metabolismo da glicose e lipídios e previne complicações.
- Intervém de forma positiva na microflora intestinal da primeira porção do trato gastrointestinal (TGI),reduzindo as bactérias patogênicas e aumentando as benéficas.